Gamification: o que é, para que serve, como funciona
Redação: Beatriz Antunes & Daniela Monteiro
Abril 2021
“Os jogos são a única força no universo conhecido que pode levar as pessoas a agirem contra os seus próprios interesses, de forma previsível, sem usar a força.” – Gabe Zichermann
Quem nunca jogou ou assistiu a jogos na vida?
Seja jogos de vídeo, desportos, meros jogos de tabuleiro entre amigos ou até mesmo brincadeiras de criança, os jogos ESTÃO SEMPRE PRESENTES!
Agora pensa, se juntássemos a lógica dos jogos ao mundo dos negócios ou até mesmo a projetos pessoais, não seria uma rampa para o sucesso?
Ficaste curioso não foi?
O que é a Gamification ou Gamificação?
Os jogos existem há milhares de anos e fazem parte da nossa vida desde a infância à reforma. No fundo fazem parte de nós.
Adoramos um bom jogo que seja capaz de nos fazer sentir uma panóplia de emoções.
Quando jogamos envolvemo-nos! Isto é GAMIFICATION.
Gamification (Gamificação em português), também apelidada de ludificação, passa pelo uso de técnicas de jogo em contextos normalmente desassociados, para criar engagement.
Esta estratégia pretende descomplicar e motivar os usuários através de estímulos e motivação.
Qual é o objetivo da Gamification?
O ser humano tem, desde sempre, a necessidade de competir, de evoluir rapidamente nos patamares, para ser capaz de conquistar prémios e recompensas.
Precisa de se sentir realizado, poderoso e, acima de tudo, de ser capaz de mostrar que o é no seu contexto social. É intrínseco ao ser humano a partilha das suas conquistas; “gabar-se”, por assim dizer.
Os jogos vão além do entretenimento e são capazes de saciar esta busca inerente. Ganham poder e destaque, porque os indivíduos depositam níveis de importância nos mesmos.
Juntando os jogos a uma estratégia de marketing, obtemos uma técnica de gamification imbatível.
Então, para tudo o que estiveres a fazer, e torna-te no próximo jogador.
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Como funciona a Gamification?
Juntar um pouco de entretenimento ao trabalho é capaz de melhorar a produtividade no alcance de metas. Através de quê?
Na verdade, as pessoas não gostam de jogar sem um prémio, muito menos de perder a feijões, como se diz na gíria portuguesa.
A resposta é simples: através de uma estrutura de PBL‘s, a sigla inglesa para Points, Badges e Leaderboards (pontos, emblemas e quadros de liderança).
Isto motiva os usuários a jogar para chegar a um prémio final. O prémio não tem de ser monetário ou tangível, precisa sim de ser real e de ter valor na ótica do utilizador.
Porém, é importante não confundir jogos com Gamification.
Os jogos são reduzidos à competição com regras para determinar uma habilidade, enquanto que a Gamification transpõe a mecânica do jogo e aplica-a em contextos não associados, a fim de produzir comportamentos.
Gamification é mais do que um jogo; é uma técnica de marketing que, quando bem enviusada, não só envolve o utilizador, como se torna mesmo num processo de aprendizagem.
Como surgiu a Gamification?
E afinal, de onde surgiu este conceito?
O conceito surgiu na década de 70, no meio profissional de programadores, que viviam na constante busca de melhorar a experiências dos usuários.
Foi Nick Pelling, um programador britânico, que batizou, em 2002, este conceito como Gamification.
Porém, não foi a partir desta data que o termo se tornou viral e começou a ser utilizado frequentemente.
Foi apenas graças a Jesse Schell, na conferência DICE (Design Outside in the Box), em 2010, que o termo começou a estar na boca das empresas, por ser considerado um mercado ascendente e promissor.
As empresas perceberam o valor desta ferramenta que poderia contribuir consideravelmente para o aumento das interações com os seus clientes (engagement).
Apenas um ano depois, Gartner abordou o conceito na sua lista “Hype Cycle” e com este gesto tornou viral a técnica de Gamificar.
Em 2015, a Gamification estava em todo o lado, tornando-se parte do quotidiano das empresas e dos consumidores.
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Em que áreas podemos aplicar a Gamification?
A gamification pode ser aplicadas em várias áreas.
É um método criativo e, por isso, tem tantas áreas de aplicação quanto a criatividade deixar. Alguns exemplos são:
- Gamification na educação e na sala de aula
- Gamification nas empresas
- Gamification nos eventos
- Gamification no marketing
- Gamification na educação e na sala de aula
O potencial da Gamification na educação é imenso, e os seus benefícios para o desenvolvimento e aprendizagem dos alunos são notáveis. A Gamification:
- Estimula o interesse dos alunos
- Aumenta a participação
- Desenvolve a criatividade e autonomia
- Promove diálogo e comunicação
- Ensina a resolver situações-problema
- Gamification nas empresas
A gamification nas empresas é uma forma de os empregadores aumentarem a rentabilidade dos colaboradores.
Este método aproveita a necessidade de recompensas instantâneas, gratificação e feedback, acabando por motivar os funcionários.
- Gamification nos eventos
Promover o engagement dos participantes de um evento não é pêra doce. Por este motivo, a gamification tem vindo a ganhar destaque e a tornar-se numa tendência da gestão de eventos.
Com o objetivo de atrair e envolver o maior número de participantes, a Gamification aplicada aos eventos desperta sentimentos como produtividade, confiança e otimismo, envolvendo os participantes na dinâmica do evento, antes de este sequer acontecer.
- Gamification no marketing
Numa era de informação constante, passa a haver a necessidade de chamar a atenção do público-alvo com algo mais chamativo e divertido. Assim entra a Gamification no marketing.
Com a Gamification no marketing, é possível transformar qualquer assunto mais sério ou até desinteressante, numa experiência intrigante e significante.
Experiência, sim, porque a Gamification é toda uma experiência, em que o dinamismo e a interatividade são imprescindíveis.
São exemplos:
- Ações desafiantes para promover o lançamento de produtos e serviços;
- Versões mais interativas de atividades completamente banais, como ganhar pontos por comprar um café;
- Utilização de filtros em redes sociais como Snapchat, Messenger e Instagram.
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